Hoje, para ser diferente, escrevo de capacete... |
O Santiago esta manhã à varanda, em sua casa |
Hora da sesta... |
Avenida da República, jardim do Campo Pequeno, os mesmos cenários de uma Lisboa deserta... |
Hoje voltou a haver Mercado Biológico aqui no Campo Pequeno |
22º ou 23º ou talvez 24º dia de quarentena, sei lá, já perdi a conta aos dias. Hoje é sábado ou domingo? E de que mês? As pessoas sabem às quantas andam?...
Miguel Alvarenga - Hoje apeteceu-me, estou a escrever de capacete! Não vá o vírus ou algum morcego chinês entrar pela janela. Mas estou bem, estejam descansados. São apenas pequenos efeitos da loucura desta vida que agora estamos a levar...
Nenhumas notícias de toiros. Infelizmente. Tudo na mesma, sem se saber ainda quando a vida volta ao normal. Talvez Agosto na Feira de Alcochete, quem me dera. Umas imperiais na tasca famosa do meu querido amigo António José Pinto. E as corridas a lembrar sempre o nosso "Nené". Talvez Agosto, na melhor das hipóteses, vamos aguardar...
Tenho falado com amigos e amigos têm-me falado. Esta manhã, o Luis Miguel Pombeiro, hoje também o César (do Campo Pequeno), anteontem o Zeca Pereira e o Manuel Valente, o célebre "Espontâneo Zip-Zip", o Rui Bento (que na próxima semana é capaz de passar por aqui para bebermos um café!), o António Nunes (que anda atarefadíssimo com os últimos retoques no novo super-escritório da sociedade de advogados aqui em Lisboa), o Jaime Amante e alguns mais. Desejamos Santa Páscoa uns aos outros, mais por ser um hábito deste período do que propriamente por qualquer outra coisa, que Páscoa é tema que este ano mal se sente...
Hoje, também, estive à conversa por mensagens no Instagram com o meu velho amigo Patrício Estay (já falo dele a seguir), repórter franco-chileno que no início dos anos 80 andou por Portugal a fotografar a nossa Festa Brava e de que muitos provavelmente ainda se lembrarão. Foi bom falar com ele.
E falo todos os dias várias vezes com o meu querido neto Santiago, pelo WhatsApp e ele continua a falar imenso, ainda meio trapalhão, a Maria Ana mandou-me há pouco esta foto que aqui coloquei, ele à varanda em sua casa. Está um amor!
De resto, deu a minha voltinha matinal pelo Campo Pequeno. Tudo igual, quase ninguém, a praça no mesmo sítio, um homem a dormir num banco de jardim, o Mercado Biológico a funcionar, mas com muito menos barraquinhas, uma ou outra pessoa na rua, alguns pais (inconscientes, presumo) com crianças pela mão, poucos automóveis, os autocarros do costume.
Tenho pena de não ter mais nada para dizer. Mas não há mesmo...
Santa Páscoa, é costume dizer-se por estes dias. Amanhã ir até São Manços...
Fiquem bem.
Fotos M. Alvarenga e Maria Ana Alvarenga