Graça Fonseca, a tristemente célebre ministra da Cultura do anterior Governo, é uma das figuras do aparelho socialista que está a ser investigada num processo-crime por ajustes directos que terão lesado o erário público em milhares de euros, violando a lei da contratação pública - revela hoje o "Correio da Manhã".
Segundo o jornal, outras figuras socialistas sob suspeita são o actual ministro das Finanças Fernando Medina, o ex-ministro da Economia Pedro Siza Vieira e o ministro do Ambiente Duarte Cordeiro.
Em causa, revela o "CM", estão contratados assinados entre 2014 e 2018 pela sociedade de advogados Linklaters (fundada por Siza Vieira em 2006) e a Câmara Municipal de Lisboa. Os contratos terão sido assinados por Fernando Medina (quando era vereador da CML, então presidida por António Costa) e também por Duarte Cordeiro e Graça Fonseca (a ministra que não gostava de touradas) no tempo em que eram vereadores e Medina já era presidente da autarquia lisboeta.
O "CM" contactou os visados. Graça Fonseca nunca atendeu o telefone e, apesar de as ter lido, garante o jornal, não respondeu às perguntas que lhe foram enviadas por mensagem. Fernando Medina disse ao "CM" não ter conhecimento de nenhuma investigação. "Não fui ouvido a qualquer título, nem constituído arguido", afirmou o actual ministro das Finanças.