Miguel Alvarenga - O ano chega ao fim, já se fala de composições de cartéis para algumas praças nacionais e até para a Isidrada de Madrid (o site mundotoro.com adianta hoje a maioria dos elencos, muito embora ainda sem confirmação oficial) e o Campo Pequeno permanece aos olhos dos aficionados ainda como uma incógnita.
O empresário Luis Miguel Pombeiro desdobra-se em contactos e conversações para montar os quatro cartéis de 2023, para os quais anunciou apenas, como assegurada, as presenças da ganadaria Murteira Grave e dos grupos de forcados de Montemor e de Évora para pegarem os toiros da Galeana.
O "Farpas" sabe que há conversações com o apoderado de João Moura Jr., Francisco Mendonça Mira, para que o cavaleiro regresse na próxima temporada à arena da capital, onde não actuou este ano. E há também conversações (adiantadas) com os apoderados dos cinco cavaleiros da Família Ribeiro Telles para a já falada corrida de alternativa de António (filho).
Este ano, a desculpa para a realização de apenas quatro corridas em Lisboa foi o grande número de concertos que estavam por realizar desde os anos da pandemia, o que deixava poucas datas livres para as touradas.
Para o próximo ano, o empresário anunciou já que a empresa adjudicatária da praça do Campo Pequeno lhe cedera de novo apenas quatro datas - agora já sem motivação explicada para esta redução de número de espectáculos...
Os aficionados continuam a olhar com algumas suspeitas e muitas incertezas para o futuro do Campo Pequeno, com uma única certeza: a (outrora) primeiro praça de toiros do país está a perder a sua força e a sua importância. E o mais grave é que todos cruzam os braços e ninguém faz nada para mudar a situação.
E ao anunciarem-se apenas quatro corridas, impunha-se que fossem quatro acontecimentos com a força, o impacto e a importância que o Campo Pequeno merece. Em 2022, isso não aconteceu. Houve um cartel aceitável a abrir a temporada (mas sem o "boom" que tinha antigamente a corrida inaugural do abono); uma corrida mista muito bem rematada (com Morante de la Puebla), que mesmo assim não encheu a lotação da praça; e duas corridas de seis cavaleiros com cartéis mais corriqueiros e talvez até menos dignos de Lisboa, tendo sobretudo em conta que eram apenas quatro corridas.
Resta agora saber se Luis Miguel Pombeiro consegue (vai conseguir, acredito) dar no próximo ano a volta e montar quatro "corridões" que restituam a importância e o esplendor ao Campo Pequeno - como em outros tempos.
Esperamos ansiosamente pelas novidades.
Fotos M. Alvarenga
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| Que Figuras entrarão no próximo ano por esta porta? |
