(Solange Pinto em Alter) - Saíu duríssima a corrida de Pégoras ontem em Alter do Chão - cuja praça registou três quartos de entrada em tarde ameaçada por chuva.
Na arena, numa corrida que marcou o regresso de João Moura, aparentemente recuperado do problema pulmonar que o manteve cerca de um mês afastado das arenas, os momentos mais duros foram vividos pelos Forcados Amadores de Alter do Chão, sobretudo no quinto toiro da tarde, cuja pega foi tentada de forma heróica pelo valente Nuno Basso - que recolheu à enfermaria e foi depois assistido no hospital, sofrendo uma lesão (não grave) no pé. O toiro acabou por ser pegado de cernelha.
O Grupo de Alter, que talvez pouca gente saiba, mas tem nas suas fileiras um forcado ucraniano, outro brasileiro e um romeno, sofreu ainda outras baixas: o pegador romeno fracturou dois dedos e o veterano Joaquim Costa Pinto, membro da fundação do grupo, sofreu fractura num pé, tendo ambos sido assistidos no hospital.
Bruno Palmeiro (que dobrou Hermínio Batista) e Elias Santos (que dobrou Sérgio Pires) fiseram as outras duas pegas do grupo da casa. Por Montemor, com mais sorte no lote, foram caras João Tavares (justo vencedor do troféu em disputa), Noel Cardoso, Tiago Telles de Carvalho e António Vacas de Carvalho (que pegou o novilho de Miguel Moura em sorte executada "a meias" pelos dois agrupamentos de forcados).
João Moura esteve magistral no primeiro toiro, Brito Paes foi grande triunfador no seu lote e Moura Caetano, com os dois piores "Pégoras", destacou-se no seu primeiro, sem poder luzir no segundo. A vedeta da tarde foi Miguel Moura, com uma lide empolgante.
Na quinta-feira, o semanário "Farpas" publica uma impressionante reportagem de Emílio, que documenta os duríssimos momentos vividos ontem na arena de Alter pela forcadagem!
Fotos Emílio
