28 de Julho de 1966, a alternativa no Campo Pequeno, concedida por Mestre David Ribeiro Telles. Comemoram-se 50 anos esta temporada |
Com José Mestre Batista formou a última grande parelha do toureio equestre do último século. Nunca mais houve outra igual... |
O Príncipe de Montemor comemora este ano o 50º aniversário da sua alternativa e pode participar numa corrida ou festival para assinalar tão memorável efeméride Foto Luis Azevedo/Estúdio Z |
Luis Miguel da Veiga, um toureiro de arte e de classe Foto Marques Valentim |
No ano passado regressou ao Campo Pequeno para participar nas cortesias da corrida em que se prestou homenagem à memória de Mestre Batista Foto Emílio de Jesus |
Luis Miguel com sua Mulher, Luísa Barata Freixo da Veiga, e seu filho Simão, antigo forcado dos Amadores de Montemor Foto Emílio de Jesus |
Abril de 1968, uma reportagem na revista "O Século Ilustrado": "A minha vida será o toureio", dizia Luis Miguel da Veiga. E foi |
O ano que agora se inicia ficará marcado pela comemoração do 50º aniversário da alternativa de um dos mais emblemáticos e melhores cavaleiros tauromáquicos do último século, Mestre Luis Miguel da Veiga.
Sobrinho de Simão da Veiga e, por isso mesmo, herdeiro de um apelido histórico que sempre honrou com distinta dignidade, Luis Miguel da Veiga recebeu das mãos de Mestre David Ribeiro Telles a alternativa na praça de toiros do Campo Pequeno na noite de 28 de Julho de 1966, depois de dois anos antes o terem impedido de a tomar por não ter ainda cumprido os 18 anos de idade. Lidaram-se nessa noite toiros da ganadaria Ribeiro Telles e completaram o cartel os Forcados Amadores de Montemor-o-Novo (terra natal do ilustre cavaleiro) e os matadores Armando Soares e Amadeu dos Anjos.
Verdadeiro ídolo das multidões nos anos 60 e 70, formou com o saudoso José Mestre Batista a última mais aplaudida parelha do toureio equestre do século XX. Há mais de dez anos afastado das arenas por problemas de saúde, Mestre Luis Miguel da Veiga toureou pela última vez de casaca no espectáculo de Filipe la Féria que em 2006 reinaugurou o Campo Pequeno, dando nessa ocasião uma inesquecível lição de bem tourear a cavalo. No ano passado, voltou a comparecer na primeira praça do país para participar nas cortesias na corrida em que se prestou homenagem à memória de Mestre Batista.
Distinguido pelo "Farpas" com o troféu "Prestígio/Carreira" em 2014, o famoso cavaleiro, ainda e sempre recordado como o Príncipe de Montemor, assinala este ano os seus 50 anos de alternativa e não está afastada a possibilidade de lidar novamente um toiro numa corrida (ou festival) comemorativo de tão memorável efeméride.
Fotos D.R.