É aquilo a que se pode chamar uma verdadeira telenovela mexicana e está desde os últimos dias a agitar os meios taurinos dos dois países (México e Portugal), tendo atingido o seu clímax esta manhã com a publicação, pelo site touroeouro.com, de um comunicado assinado pela rejoneadora Mónica Serrano (foto ao lado) - enviado para todos os sites e blog's de Portugal, Espanha e México - e onde se acusa o cavaleiro tauromáquico português José Prates (foto de cima) de, nomeadamente (e sem tradução, precisamente para que não haja lugar a interpretações indevidas) de "fraude en la compra de varios caballos, abuso de confianza, faltas en el desempeño laboral, malversación en activos para el cuidado y mantenimiento de caballos adquiridos recientemiente em Portugal".
No comunicado da polémica, a rejoneadora mexicana anuncia o fim da sua relação laboral com José Prates, que nos últimos quatro anos desempenhou na equipa da toureira mexicana as funções de equitador, justificando com as acusações acima referidas a decisão de "despedimento com justa causa".
Contactado pelo "Farpas", o cavaleiro José Prates, que há dois dias regressou a Portugal, afirmou convictamente que está "de consciência tranquila". E disse: "Nunca roubei nada a ninguém, nunca cometi nenhuma fraude e também não é verdade que tenha sido despedido. Alguém meteu coisas indevidas na cabeça da Mónica Serrano e na última semana, face às desconfianças que me manifestou, fui eu próprio que tomei a decisão de me vir embora e de pôr termo à relação laboral que durante quatro anos nos uniu, sem nunca ter havido um único problema entre nós".
Defendendo que "ninguém pode emitir um comunicado acusando uma pessoa de ter cometido uma fraude, abusos de confiança, etc., sem o provar, sem apresentar provas" e que "nenhum orgão de comunicação social tem o direito de difamar seja quem for, baseado em acusações feitas através de um simples comunicado, não sustentadas e não devidamente comprovadas", José Prates adiantou ao "Farpas" que já esteve hoje reunido com os seus advogados e que vai avançar com queixas-crime na Justiça por difamação contra a autora do comunicado e contra o site que o difundiu.
"Se, de hoje para amanhã, alguém se lembrar de escrever um comunicado acusando-me de ter sido o autor do atentado às Torres Gémeas, prendem-me por isso, sem provas?... Isto não pode ser assim de qualquer maneira. Quem me acusou vai ter que fazer prova em Tribunal das acusações que me fez. E o site que publicou tudo isso vai ter que responder perante a Justiça. Se amanhã receberam um comunicado a acusar-me de ter assassinado o presidente Kennedy, publicam-no sem mais, nem menos, mesmo sem provas algumas? É muito grave o que fizeram e eu vou até ao fim para limpar o meu bom nome e a minha dignidade", afirma o cavaleiro.
Um caso que promete ainda fazer correr muita tinta... e também fazer rolar mais cabeças. Maria João Mil-Homens, que há três semanas desempenha no México, na equipa de Mónica Serrano, as funções de assessora de imprensa da toureira, disse hoje ao "Farpas" que o envio do comunicado para a imprensa "não foi feito por mim" e acusou a rejoneadora de "ter voltado a usar a sua anterior equipa de assessoria de imprensa" para o fazer, "à minha revelia".
"Assim sendo, já falei com D. Ramón Serrano e já lhe comuniquei que não estou aqui a fazer nada", disse, anunciando que vai apresentar a demissão do cargo que estava a desempenhar, tencionando regressar também a Portugal.
Fotos Maria João Mil-Homens e D.R./@Mónica Serrano
