Decorreu ontem sem quaisquer tumultos e sem a mínima contestação - de que alguns falavam - à liderança de Paulo Pessoa de Carvalho (foto ao lado), a assembleia-geral da Associação Portuguesa de Empresários Tauromáquicos (APET), realizada no Salão Nobre da praça de toiros do Campo Pequeno.
Em causa, diziam alguns empresários, estava o não cumprimento por parte de Paulo Pessoa de uma deliberação que teria sido assumida em anterior reunião dos empresários e que impunha ao presidente da APET tomar medidas junto dos proprietários das praças de toiros para acautelar a adjudicação das mesmas e evitar que fossem entregues a empresas não associadas e sem provas dadas na actividade.
O recente concurso para aluguer da praça de Coruche foi a gota que fez transbordar e agitar os ânimos dos empresários, uma vez que só depois de abertas e conhecidas as candidaturas é que o presidente da APET teria abordado os proprietários da praça alertando-os para a existência de duas propostas de empresários não associados, uma das quais acabou por vencer.
Tudo se esclareceu depois da leitura das actas das anteriores reuniões, de que a maioria dos associados não tenha conhecimento e que serviu para esclarecer que, na verdade, não havia deliberação alguma nesse sentido.
"Foi, de facto, coisa de que se falou numa assembleia anterior, mas não chegou sequer a ir a votos e não houve, portanto, deliberação alguma no sentido de impôr a obrigação de alertar antecipadamente os proprietários de praças de toiros para a conveniência de só aceitarem candidatos com provas dadas no meio e sócios da APET. Por isso, Paulo Pessoa não incumpriu em nada e a assembleia-geral de ontem acabou por ser uma reunião sem fu nem fá, onde toda a agitação que se previa acabou por ficar em águas de bacalhau...", disse ao "Farpas" um empresário que esteve presente.
Marcaram presença na reunião de ontem no Campo Pequeno cerca de 18 empresas. Alfredo Tomás, o novo gestor da praça de Coruche, esteve pela primeira vez numa reunião da APET na qualidade de emnpresário tauromáquico e Rafael Vilhais fez-se representar, por meio de procuração, pelo seu braço-direito, Armando Teixeira. Dos históricos empresários da nossa praça, apenas faltaram António Manuel Cardoso "Nené" (o decano dos empresários taurinos em actividade) e Fernando dos Santos.
Havia quem vaticinasse uma reunião agitada e até mesmo quem preconizasse que ia rolar a cabeça de Paulo Pessoa de Carvalho... Mas, como é normal nestas coisas da tauromaquia, a montanha pariu um ratito e ficou tudo como dantes, quartel-general em Abrantes...
Finda a assembleia-geral, a maioria dos empresários conviveu em perfeita harmonia em jantares nos restaurantes da praça de toiros. Amiguinhos, como sempre!
Fotos M. Alvarenga e Fernando Clemente/Arquivo
