segunda-feira, 31 de dezembro de 2018

Última hora: morreu Joaquim Bastinhas


Fica para sempre esta imagem. Da alegria. Da vida. O sorriso franco, a força com que viveu, sempre a correr. Tudo o que dele vamos lembrar para sempre

Joaquim Bastinhas morreu há momentos no Hospital da Cruz Vermelha, em Lisboa, onde estava internado desde o início de Novembro numa luta deseperada pela vida. Morreu de quê? Ninguém percebeu e o hospital manteve até ao fim o silêncio. Entrou para ser operado a um pólipo nos intestinos, passou quatro vezes pelo bloco operatório, foi infectado por uma bactéria, teve uma embolia pulmonar, uma septicemia, mil e uma complicações, passou dois meses ligado ao ventilador na Unidade de Cuidados Intensivos, ora melhorava, ora piorava, mas que importa isso agora?
Perdemos, aos 62 anos de vida, o mais querido e o mais popular dos toureiros nacionais dos últimos quarenta anos. Joaquim Bastinhas não resistiu a todos os males que nos últimos dois meses o afectaram.
Morreu há minutos, a notícia é fresca. E é triste. Demasiado triste para que em cima da hora a possamos comentar. Perdemos todos um amigo. Que era a imagem da alegria, a imagem da vida. Viveu a correr. Mais depressa que todos os outros. Foi grande, enorme, na arte que abraçou. Ficam as memórias. Milhares delas. Milhões.
Numa hora tão triste, fica a confirmação de uma morte anunciada. O beijo à Lena, ao Marcos, ao Ivan, a todos.
É a pior forma de acabar o ano. Mas o Joaquim Manuel foi sempre assim. Diferente de tudo e de todos. Na vida, como na morte.
Que em paz descanse.

Foto Maria Mil-Homens