Apoteose de Rouxinol Júnior ontem na Moita colocou-o em definitivo no pelotão da frente |
Os cinco magníficos bandarilheiros portugueses que ontem deixaram a sua classe bem patente na arena de Madrid: Filipe Gravito, João Santos, Nuno Oliveira, Duarte Alegrete e João Oliveira |
Mesmo matando mal e perdendo a orelha que também merecia, Rui Fernandes voltou ontem a marcar uma posição importante em Madrid |
João Moura Júnior: a saga mourista continua no palco de Las Ventas, cenário das grandes tardes de apoteose do "Niño Prodígio" que revolucionou o toureio a cavalo há 40 anos |
João Telles ontem em Madrid: a consagração na primeira praça do mundo a uma semana dos 6 toiros em Coruche |
Miguel Alvarenga - O triunfo apoteótico e a definitiva consagração - que estava na forja e já todos tinham entendido que ia acontecer - de Luis Rouxinol Júnior ontem na Moita como uma das primeiríssimas figuras da nova vaga; e, à mesma hora, o triunfo rotundo em Madrid, primeira praça de toiros do mundo, de João Moura Júnior e de João Ribeiro Telles, com o corte de uma orelha cada na segunda corrida de rejoneio da Isidrada, bem como a grande actuação de Rui Fernandes, infelizmente não rematada com o rojão de morte - foram os factos que marcaram este último fim-de-semana taurino e que podem ter mudado muita coisa.
Fernandes, Moura Jr., Telles e Rouxinol Jr. são agora, a par de Francisco Palha, de um António Prates que está a despertar para a ribalta, de Duarte Pinto, de Telles Bastos que está a pontuar em todas as tardes e se espera que confirme nos grandes palcos, de Marcos Bastinhas que vai chegar a Lisboa e marcar também por certo a sua posição entre os primeiros, as novíssimas figuras do toureio a cavalo e estão finalmente e em definitivo a consolidar as suas posições na "frente de combate".
Os veteranos, por seu turno, não têm a mínima intenção de largar os seus tronos e continuam a encher praças e dar em todas as tarde o sinal de que aindam mandam. Viu-se ontem na Moita, também, com Moura e Telles, vê-se sempre que toureiam Salvador e Rouxinol, como aconteceu em Évora.
Ainda na Moita, no sábado, um jovem deu igualmente mais um grito de alerta e voltou a chamar as atenções: Ricardo Cravidão está a um passo de dar o salto, apenas se espera que possa ainda nesta temporada solidificar todos os sinais que já deu e entrar finalmente em cartéis de maior impacto e com profissionais. Porque já se viu que vai deitar cartas também.
De um momento para o outro, o panorama taurino alterou-se. Que as empresas saibam aproveitar a onda, arejar e modificar os cartéis, manter os antigos "à guerra" com os novos e dar um novo esplendor à Festa.
Chegou a hora de separar o trigo do joio, de apostar nos que valem. Não vale a pena continuar a perder tempo - e público. As cartas estão na mesa. É só preciso saber jogá-las.
Fotos Mónica Mendes, Ricardo Relvas e Plaza 1