Os empresários José Luis Gomes, Luis Miguel Pombeiro e Ferreira Paulo acabam de manifestar-se contrários à realização de corridas sem público. Só Ricardo Levesinho se diz a favor
Prossegue ainda, com alguns incidentes de percurso (problemas técnicos destas modernices que são as videoconferências...) - Ferreira Paulo (Cachapim) esteve algum tempo sem ouvir os companheiros e depois reapareceu mas sem imagem e a seguir desapareceu Levesinho - a entrevista conduzida por João Vasco Lucas no Facebook e no YouTube do site "Tauronews" a quatro dos mais destacados empresários tauromáquicos nacionais: José Luis Gomes e Luis Miguel Arnaut Pombeiro, além dos outros dois já referidos.
O tema da paragem da actividade pela pandemia foi até aqui o destaque principal de todas as abordagens, sendo que apenas Ricardo Levesinho se mostrou favorável à eventual realização de espectáculos sem público com transmissão televisiva, enquanto que os restantes se manifestam contra por considerar que a presença do público é essencial nos festejos taurinos e sem ele o espectáculo não faz sentido, é "contra-natura", como referiu Pombeiro.
Os quatro empresários concordam que esta inesperada paragem está a prejudicar tudo e todos, sobretudo os ganadeiros e os cavaleiros e Ricardo Levesinho disse mesmo que "se não se fizer nada, mesmo que sejam as corridas sem público, quanto retormarmos a actividade terão desaparecido dez ou quinze ganadeiros e uns trinta toureiros".
José Luis Gomes, Ferreira Paulo e Luis Miguel Pombeiro defendem que "mais vale parar cinco, seis, sete meses ou mesmo fazer um ano sabático e regressar depois com maior força e com tudo dentro da normalidade".
Os quatro empresáros foram unânimes nas críticas à classe política que nos governa pela marginalização a que têm votado o espectáculo tauromáquico, nomeadamente o Governo e o próprio Presidente da República, que "assistiu a um festejo quando estava em pré-campanha e depois nos virou as costas".
Fotos D.R.