Dia demasiado triste para a Festa e em especial para o mundo dos Forcados. Depois de termos tido conhecimento, esta manhã, da morte de Adelino de Carvalho, último cabo dos Forcados Profissionais de Lisboa, chega agora a triste notícia da morte, também, de António Francisco Ramalho, que todos conheciam por "Amareleja" por ser natural dessa vila alentejana e que foi um dos mais emblemáticos forcados do Grupo de Amadores de Montemor nos anos 60, em que era cabo Joaquim José Capoulas.
António Francisco Ramalho "tinha estética de forcado, com um cite alegre", lembrou há algum tempo na sua página do Facebook o GFA de Montemor. Fardou-se pela primeira vez numa corrida em Vendas Novas a 14 de Junho de 1959 e esteve dez temporadas em actividade.
Tinha 81 anos, era natural da Amareleja, onde nasceu a 6 de Abril de 1939 e sofria há alguns anos de um problema oncológico (leucemia), mas aparentemente tinha a situação controlada e encontrava-se bem.
Sentiu-se mal esta manhã depois de ter recebido a primeira dose da vacina contra a covid-19 e foi transportado ainda com vida ao Hospital de Évora, onde veio a falecer, vítima de ataque cardíaco.
António Francisco Ramalho era irmão do também saudoso forcado Manuel Ramalho (falecido há alguns anos), pai do também forcado Manuel Ramalho, que há dois anos se despediu das arenas depois de honrar e dignificar durante várias temporadas a jaqueta do glorioso Grupo de Montemor.
O saudoso forcado era casado com uma filha do também sempre recordado Simão Malta (prestigiado ganadeiro e cabo fundador dos Amadores de Montemor) e tinha três filhos: Simão Luis, Vasco e Ana Malta Ramalho, aos quais endereçamos as mais sentidas condolências, bem como a toda a Família enlutada.
Que em paz descanse.
Fotos Emílio de Jesus/Arquivo, Ezequiel/Arquivo e D.R.
António Francisco Ramalho (Amareleja) foi um dos mais emblemáticos forcados do Grupo de Montemor nos anos 60 |
Na praça de Montemor com o saudoso Simão Comenda (que morreu há um mês, vítima de covid-19) e o Dr. Vasco Lucas |
Fotografado por Emílio em Montemor com o seu sobrinho Manuel Ramalho, também forcado do Grupo de Montemor |