Jaime Amante - Decorreu no Parque da Paz, em Almada, na manhã do passado dia 10 de Julho a apresentação dos candidatos às autárquicas do PAN – dos concelhos de Almada, Barreiro, Moita, Montijo, Seixal e Setúbal com a presença da anti-taurina-mor Inês de Sousa Real (foto).
Entre muita demagogia e promessas baratas e avulsas, de extrema perigosidade, o trivial ao qual devemos todos, mas mesmo todos, dar atenção redobrada:
"Vamos estar na frente da luta contra a bestialidade da tauromaquia praticada nos nossos concelhos" - afirmações da responsável máxima do partido anti-taurino.
A estes paladinos (candidatos dos concelhos da Margem Sul) duma sociedade hipócrita, demagoga e totalitária falta conhecer a estratégia das suas delegações e os respectivos candidatos de Vila Franca de Xira, Azambuja, Sobral de Monte Agraço, Benavente, Arruda dos Vinhos e Almeirim.
A estas, acrescentar Lisboa, cujo luso-soviético Medina, deixou clara a sua posição, na apresentação do seu caderno eleitoral para as próximas eleições autárquicas em coligação com uma espécie de projeto de micropartido.
O conjunto destas localidades e as suas respectivas praças de toiros, representam mais de 20% do conjunto de espectáculos realizados anualmente.
Se a Festa Brava na sua generalidade, recuar nesta ampla área urbana, hoje não mais que um dormitório de Lisboa, há que reconhecer que fica em muito mau estado.
Sobreviverá (?) em alguns praças no Alentejo e Ribatejo, Santarém Figueira da Foz, Nazaré, Caldas da Rainha, Abiul, e no Distrito da Guarda fruto de uma tauromaquia popular muito peculiar (os "encierros", a Capeia Arraiana com o tradicional forcão).
A Região Autónoma dos Açores e em especial as Ilhas Terceira, São Jorge e Graciosa manterão a sua imunidade contra o covid na variante "Tauro".
Para que não haja surpresas (e claro que vão existir) aconselho vivamente a consultarem os programas eleitorais locais das forças anti-taurinas.
Ninguém vence o inimigo sem conhecer a sua estratégia e os seus actores.
Foto D.R.
