Ana Cristina Bívar, de 51 anos, subdirectora do Instituto de Gestão do Património Arquitectónico e Arqueológico, ex-assessora do gabinete do secretário de Estado da Cultura, minha querida e já saudosa amiga de tantos anos, dos tempos "loucos" do Liceu Dona Leonor, grande e entusiasta aficionada da Festa Brava (foi através dela que há muitos anos entrevistei para "O Diabo" o já falecido José Núncio, em Lisboa, em casa de seu sogro, o ex-ministro de Salazar, Gonçalves Rapazote, familiar da Ana) foi a mulher assassinada ontem à noite em Évora, alegadamente pelo próprio irmão, que continua a monte.
Era mãe de quatro filhos e casada com o deputado social-democrata António Prôa.
O homicídio ocorreu depois de o Tribunal de Évora ter revogado, por iniciativa de Ana Cristina e outra sua irmã, Marta, uma procuração que o irmão tinha para representar a mãe em negócios - adiantam as notícias entretanto divulgadas em vários orgãos de comunicação social na internet.
Questões relacionadas com partilhas familiares terão estado na origem da tragédia. Segundo fontes policiais, o suspeito atropelou as duas irmãs na Rua Dr. César Baptista, no Bairro do Bacelo e depois ainda as esfaqueou. A família reunira em Évora para tratar de partilhas.
As duas irmãs foram assistidas no local por bombeiros da corporação de Évora, apoiados por duas ambulâncias e uma viatura médica de emergência e reanimação.
Ana Cristina Bivar Branco Pereira Páscoa Pimenta Prôa, muito conhecida nos meios taurinos pelos seus laços de amizade a toureiros e forcados, acabou por morrer no Hospital de Évora (foto ao lado), enquanto que a irmã, de 44 anos, residente em Évora no Bairro do Granito, teve alta depois de socorrida na mesma unidade hospitalar.
O corpo deverá chegar amanhã pelas 9h30 à Igreja do Campo Grande, em Lisboa, realizando-se o funeral pelas 15 horas, para o Cemitério dos Olivais.
Fotos D.R.