Fotografado pelo "Farpas", no ano passado, com sua Mulher, na procissão da Virgem del Rocio na Ota (Alenquer) |
Guilherme Páscoa junto da imagem da Vigem del Rocío, no ano passado na Ota |
Guilherme de Bívar Branco com a filha, de 6 anos, no ano passado, na procissão do festejo "Ota Rociera" - uma foto postada pelo próprio na sua página do "Facebook" |
Antes de se entregar às autoridades em Alenquer, o criador de cavalos Guilherme de Bívar Páscoa, 42 anos, que quarta-feira terá assassinado na cidade de Évora a própria irmã, Ana Bívar Prôa, subdirectora do Instituto de Gestão do Património Arquitectónico e Arqueológico, ainda se deslocou a Alcácer do Sal para também "ajustar contas" com a sua terceira irmã, Alexandra, mas não a encontrou por esta se ter ausentado de casa - noticia hoje o jornal "Público".
Na origem do crime terão estado, noticiam os jornais, problemas familiares que opunham o conhecido criador de cavalos às três irmãs e à Mãe. O litígio familiar arrastava-se há anos, segundo o "Público", mais concretamente desde a morte do Pai, em 2003, que deixou viúva Guilhermina Lynce, proprietária da Herdade da Lezíria em Alcácer do Sal. Terá sido esta propriedade que o presumível assassino vendeu em fracções, já após a morte do Pai, o que motivou uma acção em tribunal movida pelas irmãs para evitar que ele vendesse o que resta do património familiar, um monte também no concelho de Alcácer do Sal.
O crime de Évora ocorreu na noite de quarta-feira, dia em que Guilherme Páscoa terá sido notificado pelo Tribunal de Évora de decisão, solicitada pelas irmãs, de revogar uma procuração que lhe permitia representar a família em negócios. O criador de cavalos deslocou-se a Évora, onde duas irmãs estavam reunidas, Ana e Marta e atropelou-as quando saiam de casa da segunda em direcção ao automóvel da primeira, na Rua Dr. César Baptista no Bairro do Bacelo, periferia de Évora. Depois, saíu da viatura e esfaqueou Ana Cristina, ex-assessora da ex-Ministra da Cultura Gabriela Canavilhas e do actual secretário de Estado da Cultura, Francisco José Viegas, casada com o deputado social-democrata António Prôa. A outra irmã, Marta, de 44 anos, sofreu ainda golpes nos braços e nas mãos, mas foi salva pela pronta intervenção de um vizinho - que ainda chegou a ser ameaçado por Guilherme com a faca. Ambas foram socorridas no local, enquanto o irmão se punha em fuga. Ana morreu pouco depois de chegar ao Hospital de Évora e Marta teve alta já de madrugada.
Segundo noticia o "Público", Guilherme Páscoa ainda esteve ontem em Alcácer, procurando também "ajustar contas" com a terceira irmã, Alexandra, casada com um neto do saudoso Mestre Patrício Cecílio e da irmã do famoso cavaleiro Mestre João Núncio. Não a encontrou. Ao final da manhã, regressou à zona onde mora, Alenquer e entregou-se à GNR.
Ana Bívar Prôa será cremada ao início da tarde no Cemitério dos Olivais, em Lisboa. O velório realiza-se neste momento na Igreja do Campo Grande.
Fotos D.R.