Chibanga nos seus tempos de ouro, de joelhos em terra, na Monumental de Madrid |
O Maestro Ricardo Chibanga com a repórter fotográfica e nossa colaboradora Maria João Mil-Homens |
Ricardo Chibanga no sábado no Sobral, ladeado pelo novilheiro Joaquim Ribeiro "Cuqui" e pelo bandarilheiro Ricardo Raimundo; e, na foto de baixo, com Fernando Silva Marques, o apoderado dos Bastinhas |
O emblemático e sempre recordado toureiro Ricardo Chibanga - primeiro matador de toiros negro da História, natural de Moçambique, amigo e conterrâneo do saudoso Eusébio, quem quem jogava à bola em miúdo - esteve no sábado na praça de Sobral de Monte Agraço para prestar o seu apoio ao futuro matador de Portugal, o jovem Manuel Dias Gomes, que nessa tarde se despedia como novilheiro da afición portuguesa e que no próximo dia 30 de Maio se torna o 40º matador de toiros de Portugal, tomando a alternativa na inauguração da praça francesa de Gamarde.
Ricardo Chibanga, nascido em 8 de Novembro de 1942 em Lourenço Marques (hoje Maputo), veio para Portugal nos anos 60 com o sonho de ser toureiro e recebeu desde a primeira hora o apoio e a ajuda do então empresário da praça do Campo Pequeno, o antigo matador Manuel dos Santos, bem como de Alfredo Ovelha, de Manolo Escudero, do embolador Fernando Pinheiro e dos bandarilheiros Manuel Barreto e José Tinoca, bem como de Patrício Cecílio, o mestre dos toureiros a pé da Golegã, onde ainda hoje Chibanga reside com a Mulher e a filha. Ricardo Chibanga foi o 17º matador português e recebeu a alternativa na Real Maestranza de Sevilha a 15 de Agosto de 1971, apadrinhado pelo grande António Bienvenida, com o testemunho de Rafael Torres, com toiros da ganadaria de António Perez Angoso, cortando uma orelha ao "Aldeano", o toiro do seu doutoramento. Confirmou a alternativa na Monumental de Madrid em 14 de Abril de 1974, dias antes da "revolução", apadrinhado por Sánchez Bejarano, com o testemunho de Gregório Lalanda, com toiros de Charco Blanco, voltando a tourear em Las Ventas já no final da sua carreira em 30 de Agosto de 1981. Foi ídolo das multidões em Portugal, Espanha e França.
Fotos D.R. e Maria João Mil-Homens