quarta-feira, 20 de abril de 2016

Salgueiro e o "escândalo" do doping: Joaquim Tapada põe tudo em pratos limpos!



Já aqui o afirmámos, aliás desde a primeira hora, mas voltamos a reafirmá-lo: João Salgueiro disse no sábado, na palestra/colóquio sobre a evolução do toureio a cavalo, que decorreu num dos salões da praça de toiros do Campo Pequeno, por ocasião do I Fórum Nacional de Cultura Taurina, depois de uma médica veterinária da Inspecção-Geral de Veterinária ter anunciado que iria passar a haver uma fiscalização maior nas praças para assegurar o bem estar dos animais, que concordava com essa medida e até sugeria que, entre outras acções, deveria passar a proceder-se ao "controlo de doping" nos cavalos de toureio. Não acusou nenhum companheiro de "dopar" cavalos - ao contrário da confusão que alguns insistem em espalhar nas redes sociais.
Caíu, pura e simplesmente, o Carmo, a Trindade e tudo o mais que havia para cair. Nas redes sociais, a polémica está ao rubro e já há mesmo - pasme-se! - quem tenha sugerido que se deveria boicotar a alternativa de João Salgueiro da Costa (filho de João Salgueiro), anunciada para 29 de Maio em Almeirim.
O antigo Sindicato dos Toureiros, hoje denominado Associação Nacional de Toureiros, veio a público condenar as declarações de Salgueiro, sem saber o que fazia e como se este tivesse acusado algum colega de "dopar cavalos" - o que não aconteceu. O Sindicato não teve, sequer, a preocupação de ouvir Salgueiro e esclarecer o que foi dito, apesar de este estar ser associado e ter as contas em dia...
Ainda hoje, João Salgueiro deverá emitir um comunicado sobre o caso - para acabar de vez com a polémica.
Para já. fiquemo-nos com o relato do que aconteceu, um oportuno esclarecimento, feito pelo crítico tauromáquico Joaquim Tapada (foto ao lado), que assistia no sábado ao colóquio do Fórum Nacional de Cultura Taurina e na sua página da rede social "Facebook" deixou tudo em pratos limpos:
"Sobre as afirmações do cavaleiro João Salgueiro, reafirmo que o cavaleiro de Valada não disse que havia doping nos cavalos de toureio. No comentário sobre as afirmações das duas senhoras aficionadas, considerou que se devia fazer o controlo aos cavalos, tal como se faz nas outras modalidades, para evitar até que algumas montadas actuem em precárias condições físicas. Na entrevista ao 'Farpas Blogue', desenvolve o assunto de uma maneira diferente, embora no essencial não esteja longe da sua opinião manifestada no Campo Pequeno. João Salgueiro não acusou nada nem ninguém. Dadas algumas opiniões, receio que as senhoras, em especial a Professora de Veterinária (filha de um antigo cavaleiro de alternativa) tenham razão em proteger a saúde dos cavalos...".
E, num outro comentário, reafirma Joaquim Tapada:
"Está a levantar-se um caso com o eventual doping nos cavalos de toureio, atribuindo ao cavaleiro João Salgueiro algum juízo sobre o assunto. Estive no Fórum do 'Sector 1' e posso testemunhar o que se passou: uma participante (aficionada e conhecedora do assunto) disse que não concordava com as serretas nos cavalos e chegou mesmo a chamar a atenção de um cavaleiro no Campo Pequeno, no fim de uma actuação, para o sangue que escorria da boca do cavalo. A senhora, aliás pelos problemas levantados, não era uma curiosa, afirmando que não lhe agrada a forma como são aparelhados os cavalos e o que deles exigem os cavaleiros. Entretanto, uma Professora da Faculdade de Veterinária (filha de um cavaleiro de alternativa) interveio e esclareceu que está em estudo na Direcção de Veterinária um diploma para o bem estar animal, que vê todos esses assuntos e também a eventualidade dos cavalos terem tomado algumas substâncias dopantes. Aliás, como se faz nas outras modalidades equestres. Foi então que o cavaleiro João Salgueiro, que integrava o painel do Fórum com Duarte Pinto, sendo moderador o Dr. Paulo Pereira, disse que achava muito bem que o veterinário da Direcção de Veterinária examinasse as montadas, pois podiam até estar com febre ou doentes. Quanto a serretas e gamarras, quase todos os cavaleiros se servem delas e se isso for proibido, disse Duarte Pinto (gracejando) "haverá corridas com poucos ou sem cavaleiros...". Portanto, a questão foi levantada por duas senhoras - a aficionada bem documentada e a Professora de Veterinária é que levantaram o problema. Não foi João Salgueiro e muito menos Duarte Pinto. O seu a seu dono".

Fotos D.R.