Júlio Robles morreu há vinte anos, a 14 de Janeiro de 2001, onze anos depois da grave colhida que sofreu na praça francesa de Beziers e que o deixou tetraplégico.
Nascido em Fontiveros, Ávila, tinha 49 anos quando nos deixou. Tomou a alternativa na Monumental de Barcelona em 9 de Julho de 1972, apadrinhado por Diego Puerta, com o testemunho de Paco Camino. O toiro do doutoramento chamava-se "Clarinero" e pertencia à ganadaria de Juan Maria Pérez Tabernero.
Depois da alternativa, em Agosto de 1972, fez a sua apresentação em Portugal, na praça do Campo Pequeno alternando com "Paquirri", os cavaleiros Manuel Conde e Luis Miguel da Veiga e os Forcados de Évora, com toiros de Cabral Ascenção.
Confirmou a alternativa em Madrid em 22 de Maio de 1973, com toiros de Caridad Cobaleda, tendo António Bienvenida por padrinho e Palomo Linares como testemunha. Saíu três vezes em ombros pela porta grande da Monumental de las Ventas (Madrid), nos anos de 1983, 1985 e 1989.
O toiro "Timador" da ganadaria de Cayetano Muñoz, colheu-o com gravidade na arena francesa de Beziers na fatídica tarde de 13 de Agosto de 1990, deixando-o tetraplégico. Morreu onze anos depois num hospital de Salamanca, cidade onde vivia.
Em baixo, recordação de uma tarde histórica em casa do Maestro Robles em Salamanca, vendo-se na foto, rodeando o saudoso toureiro, os matadores de toiros Paco Pallarés, Amadeu dos Anjos, José Maria Manzanares (pai) e Rui Bento, Miguel Alvarenga e um jovem novilheiro espanhol; e o programa da estreia de Júlio Robles em Lisboa, no Campo Pequeno, no ano de 1972.
Fotos D.R.