Embora tenha falecido no passado dia 28 de Maio, dia em que completava 71 anos, só no último sábado, pelo minuto de silêncio que se guardou na Monumental de Angra do Heroísmo ao início da primeira corrida da Feira de São João, a maioria dos aficionados tomou conhecimento da morte de João Miranda, que foi o segundo cavaleiro de alternativa natural da Ilha Terceira.
João Gabriel Nunes Miranda foi também um apaixonado pelo automobilismo e participou em ralis. Era frequentador assíduo da sede do TAC/Terceira Automóvel Clube e em 1979 chegou a participar, com Paulo Lorena, no 2º Rali Ilha Lilás/Banco Micaelense, acabando por desistir por acidente.
Como recorda Ilebrando Ortins no livro sobre os 50 anos dos Forcados da Tertúlia Tauromáquica Terceirense, João Miranda foi o segundo cavaleiro de alternativa da Ilha Terceira, numa cronologia encabeçada por João Carlos Pamplona e composta também por Mário Miguel, Tiago Pamplona, Rui Lopes e João Pamplona.
João Miranda prestou provas para cavaleiro praticante a 9 de Março de 1985 na Monumental da Ilha Terceira (Angra do Heroísmo) e recebeu a alternativa na mesma praça a 15 de Agosto de 1995, no decorrer de uma corrida promovida pela Tertúlia Tauromáquica Terceirense.
Foi seu padrinho João Carlos Pamplona e testemunhou o acto o matador de toiros mexicano Óscar San Román. Pegaram os forcados da Tertúlia Terceirense e foram caras os forcados José Lucio Sousa, José Luíz Diniz, Adalberto Belerique e Antonio Ortins e lidaram-se seis toiros da ganadaria Rego Botelho.
João Miranda viveu sempre a sua passagem pela Festa dos Toiros, (curta mas bem vivida) com amor, paixão e uma enorme dose de romantismo.
Que em paz descanse.
Foto D.R.
