Foi afixado na fachada principal da praça do Campo Pequeno o cartaz gigante de lona que publicita a última das quatro touradas da mini-temporada na capital.
Anunciada como "a corrida de toiros do ano", com o matador Roca Rey (referenciado como o "nº 1 mundial"), os cavaleiros Francisco Palha e Guillermo Hermoso de Mendoza (rejoneador espanhol) e os forcados de Alcochete e Aposento da Moita, não existe no cartaz qualquer referência às ganadarias a que pertencem os toiros. Serão quatro de uma divisa portuguesa para os cavaleiros e, diz-se, dois de uma ganadaria espanhola para o toureiro peruano. Mas pode (e deve?) uma empresa dar-se ao luxo de anunciar e publicitar uma corrida deste calibre sem dizer de quem são os toiros?...
Chama-se a isto "a corrida de toiros do ano", anuncia-se um toureiro como "o nº 1 mundial" e depois... não se anunciam os toiros, limitando-se a informar que pertencem a... "distintas ganadarias"?...
Haja brio, senhores! Haja profissionalismo! Façam as coisas bem feitas! Se não sabem como, perguntem, aconselhem-se com quem sabe.
Do mal o menos, anuncia-se (feira à pressa!) uma homenagem a Manuel dos Santos no ano do centenário do seu nascimento. Coisa que não estava no programa inicial desta última tourada, mas que os gestores taurinos do Campo Pequeno se lembraram finalmente de fazer, depois de ter sido muito criticada (pelo "Farpas", inclusive) a ausência nesta temporada de qualquer homenagem ou referência que fosse, ao centenário daquele que foi, ainda e sempre, o maior empresário desta praça de toiros e um dos maiores toureiros do mundo.
Foto D.R.
