quarta-feira, 18 de novembro de 2020

Ferreira Paulo solidário com João Gil: "Defendo a corrida integral, mas o velcro é a forma de viabilizar a Festa"

Ferreira Paulo fotografado por Emílio de Jesus no Campo
Pequeno com Fernando de Andrade Salgueiro, João
Salgueiro da Costa e seu pai, João Salgueiro

Polémico e contundente, como sempre e sem papas na língua, o histórico e emblemático empresário tauromáquico José Manuel Ferreira Paulo (Cachapim), co-proprietário da praça de toiros de Beja e apoderado do cavaleiro João Salgueiro da Costa, veio hoje no Twitter do site touroeouro.com congratular-se com o músico João Gil e também apoiar o uso do velcro como forma futura de viabilizar a Festa.

Ao "Farpas", disse o empresário: "Sou o mais a favor possível da corrida integral, mas temos que estar preparados, porque os políticos já andam há dois ou três anos a tratar do assunto do velcro. Obviamente que não defendo o velcro, mas antes haver corridas e não haver nada, mais tarde ou mais cedo vamos ter que encarar de frente essa possibilidade".

Publicamos na íntegra a carta de Ferreira Paulo a João Gil:

"Caro João Gil

"Numa época em que poucos parecem ter aquilo que só os Homens têm, quero, como aficionado tauromáquico, agradecer o seu Valor para nos defender.


"Sei que foi, vai e será atacado por ser livre de Gosto e ter a coragem de o dizer. Você têm-nos como um grande Toureiro.


"Sou seu fã e continuarei a sê-lo. Embora com ouvidos de cortiça e sem qualquer jeito para cantar. Aquilo que me emociona é a arte, independente e livremente de gostar ou não de todas elas.


"Mas quero dizer-lhe que foi a melhor análise e comentário que li nos últimos anos!


"Aquilo que você resume em duas linhas levo-o dizendo eu e só tenho arranjado brigas… A evolução foi tal, como diz, para um espetáculo sem emoção.


"Sou pela arte e pela emoção, o circo e a dressage têm outros palcos e o nosso respeito total.


"Penso como refere, embora eu seja um defensor até à última da corrida integral, que o caso do velcro é a viabilidade da Festa.


"Tal como acaba, que seja o que Deus quiser. (Chamem-nos o que chamarem. Somos livres de ter opinião).


"Um Abraço e Obrigado".


Ferreira Paulo


Foto Emílio de Jesus/Arquivo